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POVO SHANENAWA

Vivem na Terra Indígena Katukina/Kaxinawá, à margem esquerda do Rio Envira, no município de Feijó/AC.

São conhecidos como o "Povo Pássaro Azul" e pertencem à família linguística Pano.

Assim como os demais povos indígenas do Acre, no início do século 20 foram vítimas da ocupação da região em função do extrativismo da seringa e do caucho. Inicialmente foram alocados como mão-de-obra para o fornecimento de alimentos aos trabalhadores dos seringais, mas posteriormente passaram a trabalhar na extração da borracha e também no amansamento dos índios "brabos" do alto rio Envira (como eram chamados os índios não-contatados).

Após alguns deslocamentos, no final da década de 1950 passaram a ocupar o atual território que habitam. A aldeia Morada Nova foi a primeira a ser construída, e até 2000 representava o maior núcleo habitacional dos shanenawas. Logo depois ela foi desmembrada e deu origem a outras três.

Sua Terra Indígena foi homologada com o nome Katukina/Kaxinawá em razão de terem sido confundidos com índios Katukinas. O mal entendido não foi desfeito porque ficaram com medo de perder o direitos sobre suas terras.

Com relação a sua cosmologia, acreditam na existência de espíritos da floresta, os "jusin", os quais existem os do bem e do mal. O principal é chamado de "jusin tsaka", que tem a forma de uma animal monstruoso que destrói e incendeia as coisas.

Nos mariris (eventos típicos realizados pelos shanenawas e outras populações Pano) que realizam, pintam-se de urucum e jenipapo e vestem um saiote feito com tiras de envira. É comum, também, os homens se fantasiarem de "jusin tsaka", cobrindo-se de galhos de árvore e folhas de bananeira.

As fotos abaixo foram tiradas no I Festival Nuke Munuti Peyrani, da Aldeia Morada Nova, que ocorreu no período de 01 a 04 de setembro de 2017.

Para ver mais fotos do festival acesse: https://www.facebook.com/pg/alessandramelofotografia/photos/?tab=album&album_id=1992849921000487 

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