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Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, Povo Ashaninka, Aldeia Apiwtxa
Criança indígena Puyanawa
Criança indígena Ashaninka, Terra Indígna Kampa do Rio Amônia, Aldeia Apiwtxa
Criança indígena Ashaninka
mulher indígena Yawanawá, Aldeia Nova Esperança, Terra Indígena Rio Gregório
Aldeia Nova Esperança
POVOS INDÍGENAS DO ACRE

O Estado do Acre possui 36 Terras Indígenas com 15 etnias identificadas e outras 3 não contactadas (índios isolados).

A população aproximada é de 17 mil indígenas vivendo em cerca de 200 aldeias, localizadas nas bacias dos rios Juruá e Purus.

Esses povos pertencem a três famílias linguísticas: pano (originário da região andina), aruak (tradicional da região amazônica) e arawá.

As terras indígenas estão distribuídas entre os municípios de Assis Brasil, Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Santa Rosa do Purus e Jordão.

Nas terras indígenas do Acre habitam as etnias Jaminawa, Manchineri, Huni Kuin/Kaxinawá, Kulina/Madija, Ashaninka, Shanenawa, Yawanawá, Katukina, Jaminawa-Arara, Apolima-Arara, Shawadawa, Puyanawa, Nukini, Nawa, além dos índios isolados.

As práticas culturais dos povos indígenas do Acre incluem um conhecimento detalhado da diversidade biológica amazônica, entre elas o uso tradicional da ayahuasca e da vacina do sapo "Kambô". Além disso, é bastante comum a utilização da caiçuma e do rapé pelos indígenas.

Ayahuasca: É a medicina tradicional de diversos povos indígenas da bacia amazônica, sendo utilizada por uma centena de tribos distintas.

Pesquisas arqueológicas sugerem que a bebida é utilizada há mais de 5 mil anos.

A ayahuasca é produzida a partir de duas plantas nativas da floresta amazônica: o cipó mariri (Banisteriopsis caapi) e a folha do arbusto chacrona (Psychotria viridis).

É considerada uma medicina sagrada, fonte de conhecimento, identidade e cultura de diversos povos indígenas. Eles a consideram um ser vivo, uma planta mestre, uma ferramenta de diagnóstico de doenças e cura.

No contexto religioso, é utilizada para atingir um estado ampliado de consciência, buscando uma comunhão e integração com a Natureza e o Criador. 

Kambô: É uma das medicinas utilizadas pelos povos indígenas da Amazônia. Também chamada de "vacina do sapo", trata-se de uma resina retirada de uma rã, a Phillomedusa bicolor, e aplicada sobre a pele.

É usado pelos indígenas para afastar "panemas" (má sorte) e harmonizar o yuxin (espírito) com a natureza. Seu uso é indicado para purificar o sangue, eliminando as impurezas, bem como para reforçar a imunidade.

Caiçuma: É uma bebida fermentada feita de mandioca, geralmente usada em festas e comemorações. É preparada exclusivamente pelas mulheres indígenas, que após descascar, lavar e cozinhar a macaxeira, realizam o processo de mastigação para a fermentação do produto.

Além da macaxeira, alguns indígenas do Acre utilizam o milho, a batata e a pupunha em suas caiçumas.

Rapé: É um pó resultante da masseração do tabaco e cinzas de outras plantas, o qual é aspirado pelas narinas.

O rapé é soprado pelo próprio indivíduo ou por outra pessoa. Para isto é utilizado um instrumento feito de bambu, chamado de Tipí.

Os indígenas o utilizam para fins medicinais e cerimoniais. Pode ser utilizado para limpar as vias aéreas, para caçar e espantar a panema (má sorte, preguiça) ou em cerimônias com a ayahuasca. 

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