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POVO ASHANINKA

A grande maioria dos ashaninkas vivem no Peru. Os grupos situados em território brasileiro são também provenientes do Peru. Suas migrações iniciaram no final do século XIX, após serem pressionados pelos caucheiros peruanos.

No Brasil, estão em Terras Indígenas distintas e descontínuas, situadas na região do Alto Juruá. Habitam as seguintes Terras Indígenas: Riozinho do Alto Envira, Jaminawa/Envira, Kampa do Igarapé Primavera, Kampa do Rio Amônia, Kampa e Isolados do Rio Envira, Kaxinawá/Ashaninka do Rio Breu e Kaxinawá do Rio Humaitá.

Cerca de oitenta por cento do Povo Ashaninka vive na Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, com uma população de 940 indígenas, em uma área aproximada de 87 mil hectares, localizada a 80 km da cidade de Marechal Thaumaturgo e a 350 km de Cruzeiro do Sul.

Os ashaninkas são conhecidos como o "Povo Pássaro" e pertencem à família linguística Aruak.

O contato dos ashaninkas com o branco foi intensificado a partir da década de 70, quando iniciou-se a exploração madeireira na região. As invasões mecanizadas e cortes em grande escala trouxeram consequências desastrosas a este Povo. Além do aumento de doenças e mortes, o contato afetou sua organização social e reprodução cultural. Alguns indígenas deixaram de usar a cushma (vestimenta típica), de falar a língua nativa e de produzir seu artesanato.

A partir de 1985, órgãos oficiais indigenistas começaram a atuar na região e os ashaninkas passaram a se organizar em defesa de seus direitos. Na década de 90 encaminharam diversas denúncias às autoridades, informando sobre invasões, corte ilegal de madeira, tráfico de drogas e ameaças de morte contra as lideranças.

Em 23 de novembro de 1992, a Terra Indígena Kampa do Rio Amônia foi homologada. No entanto, até hoje os ashaninkas lutam contra as invasões de madeireiros em suas terras.

As fotos abaixo foram tiradas na Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, durante o Festival do Piarentse, que ocorreu no período de 22 a 25 de junho de 2017. Esse festival é realizado todos os anos, em comemoração à demarcação de suas terras.

Para ver mais fotos do festival acesse: https://www.facebook.com/alessandra.melo.7549/media_set?set=a.1483823561675833.1073741841.100001446114101&type=3

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